Marca Pessoal
Ana Lucia Campos Pita – Artigo no. 2
Estamos vivendo um momento em que as tecnologias de vanguarda facilitam e permitem a rápida expansão do conhecimento. A cada dia, torna-se mais curta a distância entre o fato e a informação. Todos os meios que possibilitam saber o que acontece em qualquer parte do planeta estão ao nosso alcance com uma agilidade ímpar. “O mundo ficou pequeno!”. Contudo, somente por agirmos criativamente é que podemos tomar consciência disso e inovar.
Assim, é fundamental que os profissionais liberem, desenvolvam e expandam suas habilidades criativas, percebendo criticamente esse mundo que os cerca, a fim de que sobrevivam com sucesso, alavancando novas práticas e estratégias capazes de satisfazer as atuais exigências do mercado.
Pensando nisso, neste artigo serão apresentadas informações sobre as habilidades criativas, para que vocês possam se perceber e perceber o mundo de maneira crítica, sentindo-se estimulados ao exercício de tais habilidades.
Criatividade: que “bicho” é esse?
Criatividade é a tradução dos talentos humanos inatos para uma realidade exterior que seja nova e útil, dentro de um contexto individual, social e cultural. É, portanto, uma habilidade para gerar novidade e, com isso, idéias e soluções úteis para resolver os problemas e desafios do dia-a-dia.
[+] Se você se interessa pelo assunto, acesse: www.academiadecriatividade.com.br
As empresas precisam de pessoas criativas para encontrar novas soluções para problemas antigos, criar novos produtos, fazer melhor que o concorrente, encontrar novos caminhos entre planos e resultados, atrair o cliente, adivinhar o que o cliente quer, aumentar sua participação no mercado ou fazer algo que nenhuma empresa pensou em fazer antes.
Contudo, por mais paradoxal que pareça, Criatividade está relacionada com simplicidade. Nada ou pouco tem a ver com conhecimento e inteligência, aquela do Q.I. Todos nós potencialmente somos criativos, nascemos criativos. É uma capacidade inata, mas que precisa ser “estimulada”, aperfeiçoada.
“Dentro da pedra já existe uma obra de arte. Eu apenas tiro o excesso de mármore!” (Michelangelo)
Criatividade: Conhecimento ou simplicidade?
A Criatividade é, portanto, um “estado de espírito” que precisa encontrar um ambiente propício para aflorar. Assim como malhamos na academia para manter a forma física, precisamos “malhar” nossa Criatividade para mantê-la anímica. Desta forma, é preciso olhar o mundo como de fato é, e não como achamos que seja!
Infelizmente, nos tornamos tão complexos que não conseguimos mais ser simples. Nós nos preocupamos tanto com a tecnologia e com a modernidade que estamos atrofiando nossa capacidade de criar que é inata. Deixamos de ser o que éramos quando criança: bons “filósofos”!
E ser um bom filósofo é permitir observar as coisas. Observá-las tais como elas são, sem preconceitos e pré-julgamentos, sem paradigmas.
A questão da Criatividade vem sendo discutida há muito tempo. Há varias definições, algumas levando em consideração os aspectos sociais, outras, os psicológicos, e recentemente, algumas tentativas para conceituar a criação têm surgido das ciências cognitivas.
De acordo com pesquisas de Sergio Navega, diretor fundador da Intelliwise Research and Training, uma empresa paulista de pesquisa em Inteligência Artificial e Seminários Corporativos, vejamos algumas definições:
Criatividade é a obtenção de novos arranjos de idéias e conceitos já existentes formando novas táticas ou estruturas que resolvam um problema de forma incomum, ou obtenham resultados de valor para um indivíduo ou uma sociedade. Criatividade pode também fazer aparecer resultados de valor estético ou perceptual que tenham como característica principal uma distinção forte em relação às “idéias convencionais”.
Sob o ponto de vista cognitivo:
Criatividade é o nome dado a um grupo de processos que procura variações em um espaço de conceitos de forma a obter novas e inéditas formas de agrupamento, em geral selecionadas por valor (ou seja, possuem valor superior às estruturas já disponíveis, quando consideradas separadamente). Podem também ter valor similar às coisas que já se dispunha antes, mas representam áreas inexploradas do espaço conceitual (nunca usadas antes).
Sob o ponto de vista neurocientífico:
É o conjunto de atividades exercidas pelo cérebro na busca de padrões que provoquem a identificação perceptual de novos objetos que, mesmo usando “pedaços” de estruturas perceptuais antigas, apresentem uma peculiar ressonância, caracterizadora do “novo valioso”, digno de atenção.”
(Sergio Navega, in: http://www.intelliwise.com/seminars/criativi.htm)
Continua na próxima semana…..