Ana Lucia Campos Pitta – II parte
A Criatividade esteve e está presente em diversos momentos da História, contudo, somente começou a ser estudada a partir do século XX. Cada momento significativo foi então chamado de “geração”.
[bib] GRAMIGNA, Maria Rita. Líderes Inovadores. São Paulo: Editora MBooks, 2004.
Vejamos os principais movimentos da Criatividade através dos tempos.
1ª Geração – Ênfase no pensamento criativo (décadas de 50 e 60)
Neste período, Alex Osborn e Sidney Parnes desenvolveram estudos sobre o pensamento convergente e divergente, tendo com principal técnica de trabalho o “Brainstorm”. Eles acreditavam no incentivo à potencialização da criatividade, com o objetivo de levar o indivíduo a identificar e rever suas crenças, valores e atitudes, de forma a acreditar em sua própria capacidade e transformar o meio em que atua.
2ª Geração – Ênfase na resolução criativa de problemas (décadas de 70 e 80)
Neste período, Edward de Bono desenvolve técnicas de resolução de problemas, metodologias de tomada de decisão criativa e estudos de estratégias para desenvolver as habilidades estimuladas pelo hemisfério direito do cérebro: intuição, analogia, metáfora, sonho e visualização.
O método “Six Thinking Hats” do Dr. Edward de Bono, considerado o grande guru da criatividade, é um instrumento simples, mas que permite focar o pensamento de gestão na direção certa. Esta ferramenta permite mudar a natural atitude reativa e explorar diferentes vias através de vários modos de pensamento
3ª Geração – O viver criativo (de 90 aos dias de hoje)
Neste período, as principais contribuições têm sido o reconhecimento dos fatores emocionais e afetivos no desenvolvimento da criatividade, uma visão criativa como atitude frente à vida e a valorização de todas as formas de expressão.
O viver criativo é, portanto, hoje, a mais poderosa ferramenta para desenvolver algo decisivo para a realização profissional.
A capacidade de pensar de modo criativo é um atributo essencial; por meio de uma abordagem criativa é possível romper as rotinas e padrões de comportamentos estabelecidos e ampliar a eficiência.
Viver criativo = noção da impregnação da realidade com nosso “toque pessoal”! No 3º milênio, é o viver criativo que nos possibilita pensar e agir dentro de novas abordagens e ampliar a compreensão de nossos modelos mentais, trazendo a condição fundamental para uma ação criativa e inovadora, nesse competitivo cotidiano empresarial.
Seguindo nossa proposta de pensar Criatividade de maneira diferente, vamos nos ater ao “viver criativo”.
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Hoje, mais e mais pessoas reconhecem que ser criativo é algo decisivo para a felicidade e a realização profissional. As pessoas criativas são aquelas que se antecipam no que fazem, dão início a novos negócios, inventam produtos, constroem, projetam, produzem, fazem coisas de grande beleza. As pessoas criativas geralmente são aquelas que levam uma vida social excitante e estimulante, de modo a estarem constantemente aprendendo e fazendo. Pessoas criativas acabam ocupando cargos elevados, tornando-se líderes, pessoas que entendem como solucionar problemas ou inspiram outras para que se aperfeiçoem.
Precisamos, portanto, aprender a trabalhar tais habilidades e desenvolver o nosso “viver criativo”. Para isso, concluiremos com a indicação das 4 qualidades indispensáveis para sermos criativos e levarmos uma vida criativa:
Curiosidade: a força inquisitiva
Um espírito criativo requer principalmente curiosidade. Sem interesse sobre o que o mundo tem a oferecer, o que faz as coisas funcionarem, quais idéias os outros têm, você tem poucos motivos para ser criativo. A curiosidade é o que lhe predispõe a investigar novas áreas ou a procurar uma maneira melhor de fazer algo. A curiosidade direciona seu ímpeto de criar, experimentar e construir. O termo ‘curiosidade’ sugere que especulação e exploração sejam um vício.
Abertura: flexibilidade e respeito pelo novo
Assim como a curiosidade, a abertura é uma qualidade vital do espírito criativo, porque é estando aberto que se pode aceitar novas idéias e incorporá-las ao seu raciocínio. Se você se sujeitar apenas às suas crenças testadas e verdadeiras, nunca desafiará a si mesmo a procurar ou a ir além.
Pessoas criativas se abrem a novas noções, pessoas, lugares e coisas. A criatividade desponta quando se elabora sobre as percepções alheias. Se você bloquear, ignorar ou ridicularizar as idéias alheias, não permitirá que sua zona de conforto descubra o amplo mundo que está à sua frente.
A abertura também implica estar ciente e “sintonizado” com as coincidências da vida. Uma mente fechada bloqueia os acontecimentos e os encontros casuais que freqüentemente oferecem oportunidades de descoberta e invenção.
Tolerância ao Risco: a coragem de abandonar o “conforto” do conhecido
Um espírito criativo também implica correr riscos. Na verdade, sem vontade de correr riscos, a maioria dos empreendimentos criativos jamais teria existido. Os escritores se arriscam quando permitem que seu trabalho seja impresso, publicado e colocado nas prateleiras das livrarias; os pintores, quando exibem seus quadros; e os atores quando aparecem diante do público no palco ou na tela. Pessoas de negócios arriscam seu capital e sua reputação quando dão início a novos projetos ou empreendimentos.
Ânimo: o combustível para a criatividade
A última qualidade que seu espírito criativo requer é ânimo. Ânimo é a fagulha que dá a partida. Sem ânimo, suas buscas criativas sofrem baixas, causadas pela falha da lógica ou pelo pensamento a curto prazo, que podem impedir que suas idéias sejam implementadas. Sem energia suficiente, suas idéias criativas não são colocadas em prática ou permanecem no armário.
O termo ânimo também está ligado ao grau de paixão que você dispensa a tudo o que faz. Quando você está fascinado por um projeto ou investiu pessoalmente em um assunto ou tarefa, sente-se exuberante e capaz de concentrar energia suficiente para concluir tarefas, porque a energia que você investir será recompensada os resultados e com o retorno positivo.
Referências bibliográficas:
ALENCAR, E. Gerência da Criatividade. São Paulo: Ed. Makron, 1996.
De BONO, Edward. Criatividade Levada a Sério. São Paulo: Ed. Pioneira, 1994.
GARDNER, Howard. Múltiplas Inteligências. São Paulo: Ed. Artes Médicas, 1985.
OECH, V.R. Um Chute na Rotina. São Paulo: Ed. Cultura, 1994.
SILVA, T. A.C. Inovação – como criar idéias que geram resultados. São Paulo: Ed.Qualitum, 2004.
Ana Lucia Campos Pita
A marca pessoal da Profa. Pitta tem algumas particuralidades que fazem parte da sua identidade e diferenciação: Alto astral, conteudo, criativa e paixão
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